Um trecho de “Balada do Cárcere de Reading”

 Mensagens e poesias

 

Vamos conferir, a seguir, um trecho de "Balada do Cárcere de Reading", escrita por Oscar Wilde e traduzido por Otília Franklin.

 

Momento difícil, de pensamentos difíceis

[Sinais de um acontecimento difícil. Imagem: Kindel Media / Pexels | Reprodução]

 

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BALADA DO CÁRCERE DE READING

 

"Já não usava mais seu casaco vermelho,

Pois sangue e vinho são bem vermelhos também.

E estava sangue e vinho um dia em suas mãos,

Quando o encontraram junto à morta, o pobre alguém,

Que assassinara, e ali jazia inanimada,

No seu leito de amor, com supremo desdém.

 

 

Eu via que marchava entre homens condenados,

Com a túnica cinzenta, esgarçada e alvadia;

Um gorro de cricket levava na cabeça,

E a sua marcha dava a impressão de alegria,

Mas nunca vi ninguém que contemplasse assim

Com tamanha avidez a luz clara do dia.

 

 

Eu nunca vi ninguém que contemplasse assim,

Com tão ávido olhar de quem já nada espera,

Essa nesga do azul, janela da esperança,

Que os presos chamam céu, à luz da Primavera,

E olhasse tão' sedento as nuvens argentinas

Fugidias no além, quais naves de quimera.".

 

O FIM ESTÁ EM MAIS POESIAS

 

Falar sobre fins com naturalidade é importante para colocar nossos sentimentos em ordem. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você vê outra poesia sobre eles, os sentimentos:

 

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