Biografias
Carlos Lyra se destacou na história da arte brasileira. Ele foi um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB).
Ao longo deste post, vamos saber um pouco mais da vida e trajetória de Lyra.
[Carlos Lyra respirava música. Imagem: Bravo / Abril | Reprodução] |
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A TRAJETÓRIA MUSICAL
Carlos Lyra nasceu no Rio de Janeiro. Por mais que tenha levado a bossa nova para o mundo, sempre surgia aquela canção dedicada à sua terra natal. A arte se apresentava dentro da família de Carlos Lyra, seja pelo pai, que dançava muito e tocava flauta, seja pela mãe, que dava vida ao violino.
Já em período de servir ao exército, Carlos venceu um campeonato de salto em distância, mas quebrara a perna. Com aquela perna imobilizada e sem ter como fazer outras atividades, precisava de alguma forma de passar o tempo. Foi nesse contexto que sua mãe lhe deu um violão, sendo o pontapé inicial na sua carreira
No ano de 1954 veio a primeira composição, intitulada de "Quando chegares". Dois anos mais tarde ele teria sua primeira composição gravada em LP, "Criticando", na voz do conjunto Os Cariocas.
Passados mais três anos, em 1959, Carlos Lyra lançou seu primeiro disco, "Carlos Lyra - Bossa Nova". Nesse lançamento havia sucessos como:
× Quando chegares.
× Uma tal Maria Ninguém.
× Menina.
× Rapaz de Bem (composição de Johny Alf).
A música de Lyra ganhava outros contornos. Havia além do sal, sol e sul cariocas. No ano de 1960, compôs a trilha da peça "A mais valia vai acabar, seu Edgar", do combativo Oduvaldo Vianna Filho. Em 1961, isso ficou mais visível no segundo disco, que tinha:
× Você e eu.
× Coisa mais linda.
× Minha Namorada.
Também em 1961 ele fundaria o Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE). Unindo-se ao teatro e cinema, sua obra ganharia traços mais politizados, contrapondo-se a estilos como o de João Gilberto.
Em 1963 veio o terceiro disco. Nessa vez, jazz e aruanda influenciaram a obra. Esse ano também foi marcado pela "Canção do Subdesenvolvido", parceria com Chico de Assis.
DURANTE A DITADURA
Um tom mais forte e politizado na música não cabia no Brasil da ditadura, após o golpe militar de 1964. Lyra, então, decidiu pelo autoexílio, vivendo nos Estados Unidos e no México.
Num outro ambiente, ele se abriu a um estilo misto entre a bossa-nova mais descontraída e o som mais politizado. Nessa ideia, tocou com o saxofonista Stan Getz nos EUA e gravou dois discos no México.
A VOLTA
Lyra voltou ainda durante a ditadura. Em 1974, lançou "Herói do medo", disco de letras dúbias lançado pela Continental. Essas letras falavam que enquanto alguns torciam pela seleção ou por seus personagens de novela, havia mortos e torturados em busca da democracia.
Com um disco todo censurado, Carlos retornaria ao autoexílio. Fez uma turnê em Los Angeles em 1974 e outra em 1976. Em 1984 lançaria o show "Vinte e cinco anos de bossa nova" e após o disco ao vivo desse show, em 1987.
AMIGOS DE LYRA
Tom Jobim falava que Lyra era grande "conhecedor dos caminhos". Vinícius de Moraes assinou, junto com ele, um de seus grandes sucessos.
Além de dar vida às músicas, Carlos também foi interpretado por outras grandes vozes. Como exemplos tem-se João Gilberto e Elis Regina. Houve, também, parcerias musicais em palcos com Miúcha e Maria Bethania.
ÚLTIMOS DIAS COM LYRA
Carlos Lyra foi internado com febre no hospital Unimed-Rio. Dois dias após, veio a falecer. A despedida ao cantor aconteceu quando ele tinha noventa anos de idade.
AINDA NO MUNDO MUSICAL
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