Variedades
Você pode pensar que vencer
alguma coisa sempre lhe trará vantagens, correto?! Pois não é bem assim que
ocorre em alguns casos. A maldição-do-vencedor, expressão que deu origem até a
um livro ficcional, resenhado por diversos sites da web, assola alguns ganhadores
ao redor do mundo, sendo motivo de cuidado especial por parte de empresários, e
de pesquisas no meio acadêmico. Vamos saber mais sobre o winner’s curse?
[Ao fazer uma proposta, é um salto que você estima e realiza. Imagem: Sasin TipChai/Pixabay] |
O QUE É O WINNER’S CURSE?
Quando existem vários
interessados em algo, nada mais lógico do que criar algum sistema de seleção,
como licitações ou leilões públicos. Após o final do processo, aquele que
oferece a melhor proposta a uma empresa ou a algum órgão público, será o
selecionado e irá adquirir aquele direito.
Existindo disparidade entre
a proposta vencedora e o cenário real, pode haver prejuízos para o vencedor e,
em alguns casos, até mesmo para quem selecionou aquele vencedor. É extremamente
importante, portanto, que não ocorra winner’s curse após o final do processo de
compra, venda ou prestação de serviço.
WINNER’S CURSE PARA CIMA
O vencedor de um processo
de seleção pode elevar suas expectativas e possuir elevada confiança sobre
algo, fazendo uma proposta muito superior ao valor que o bem leiloado realmente
possui. Isso pode levá-lo a prejuízos enormes depois da efetivação da compra.
Alguns fatores podem influenciar essa proposta elevada como o número de
concorrentes, a falta de informações suficientes sobre os bens leiloados ou o
processo de leilão em si, que pode ocorrer em mais de uma etapa.
No Brasil, a revista Exame
apontou como alguns exemplos de winner’s curse as concessões de aeroportos
brasileiros. Houve casos de sucesso, como houve situações em que a empresa
vencedora devolveu ao governo (Infraero) o direito de explorar o aeroporto, com
rescisão contratual.
Em todo o mundo, casos de
winner’s curse para cima envolvem diferentes mercados. Podem ser imóveis, ações
de empresas em abertura, venda de bens por meios eletrônicos, dentre outras.
WINNER’S CURSE PARA BAIXO
Assim como existe a
possibilidade de fazer ofertas equivocadas para cima, o mesmo pode acontecer no
caminho inverso. Nas licitações públicas brasileiras, por exemplo, o critério
de escolha é o menor preço. Os licitantes precisam fornecer propostas e, dentro
dos limites legais, haverá o vencedor, que possui menor preço e é devidamente
qualificado para tanto.
Só que ao fazer a menor
proposta, pode ser pouco ou nenhum seu lucro, em alguns casos. Alguma mudança
no cenário econômico, ou mesmo a dificuldade em cumprir a proposta realizada,
fazem com que a empresa abandone a execução. Isso pode gerar redução dos benefícios
à sociedade que a obra daria quando concluída, retrabalhos, necessidade de contratação
de novos executores e um preço total maior do que aquele previsto.
Tanto para baixo, como para
cima, o winner’s curse deve ser evitado com a correta estimativa de custos diretos
e a aplicação de BDI. Também é fundamental a transparência nas informações
durante as transações e estudos posteriores sobre o que ocorreu após o
fechamento dos contratos.
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