História
Nunca tivemos tantos partidos políticos em
nosso país. Mudam-se os nomes, as lideranças, mas parece que estamos sempre na
mesma... Afinal, o que justificaria a existência de um partido político? O que
pode existir por trás da criação de um?
Para os mais saudosos da Ditadura Militar,
que teve muitos de seus defeitos ofuscados pela desinformação, o Brasil teria
tido dois partidos, Arena e MDB. Na verdade, ainda havia o ilegal PCB, que
seria o partido mais antigo ainda em funcionamento.
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[Imagem: MstfKckVG/Pixabay] |
Apenas dois ou três partidos seriam uma
visão simplificada demais da realidade, quase como a visão direita-esquerda que
se espalhou na última eleição. Mas dezenas de partidos também são um exagero.
Um partido seria um grupo de pessoas que
compactuam de uma mesma visão política, um posicionamento semelhante sobre
determinados aspectos de administração pública e políticas sociais. Existir
mais de um ou dois partidos permitiria a representatividade de correntes
diversas, e os mecanismos democráticos permitiriam ajustar a tomada de decisão
com essa variedade de indivíduos.
Mas não há tantas correntes que justifiquem
a existência de tantos partidos. O que acaba justificando é o fundo partidário,
que financia o funcionamento. Também há outra moeda de troca que é o apoio por
cargos na administração futura, onde opositores ferrenhos e propostas distintas
fazem políticos derrotados apoiarem chapas em segundo turno.
Impedir a criação de um partido é quase como
impedir criação de igrejas. Cada um pode buscar uma nova agremiação política, e
seria difícil estabelecer qual o ideal. Talvez uma mudança na política de nosso
país em si trouxesse esse equilíbrio, e não apenas um controle numérico.
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