Curiosidades
Falar ao telefone nem é mais sinônimo de
ligar... muitas vezes, uma mensagem de texto resolve e é mais discreta, podendo
ser respondida em momento oportuno. Mas nem sempre os telefones foram como os
vemos hoje, com mobilidade e, principalmente, com completa discrição.
[Imagem: Valkirias] |
Nos primeiros tempos da telefonia, havia uma
terceira pessoa entre a pessoa que ligava e a que recebia a ligação, chamada de
telefonista. Para assumir tal função,
era preciso ser mulher, ter 1,50 m de altura, dezesseis a vinte anos, boa voz e
dicção e ensino fundamental.
Sendo admitidas, as telefonistas eram
treinadas em um curso com dois meses, cuja ementa era com códigos de telefonia,
sistemas de telefones, manipulação de chamadas, ênfase em discrição e outros
regulamentos. Ao receber a chamada, a telefonista era instruída a usar pronomes
de tratamento como Vossa Excelência e repetir a cada minuto se uma ligação não
fosse atendida, até que o cliente desistisse, sempre de jeito muito respeitoso.
A carga horária era grande. Havia trabalho
noturno ou em finais de semana. Por conta disso, não havia perspectiva de
continuar na carreira após o casamento, pois seria imoral trabalhar nesses
horários. A carreira de telefonia, portanto, seria uma daquelas funções que
ajudam no começo da vida adulta, trazendo a remuneração e desenvolvendo outras
qualidades como a responsabilidade e o senso de compromisso.
Durante o tempo (e olhe que foi longo) em
que as telefonistas ou moças-do-telefone intermediaram as ligações, situações
de conflito ou emergência foram evitadas pela sabedoria que as mesmas
desenvolveram. Podemos não precisar mais delas, mas precisamos desenvolver esse
lado conciliador, para evitar que a facilidade de comunicação signifique
facilidade de conflito. E sejamos todos telefonistas!
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