Variedades
Ao contrário do setor supermercadista
tradicional, os atacarejos estão em forte expansão no nosso país, em virtude de
uma série de fatores, tais como os preços reduzidos para compra de pacotes
fechados de produtos, a disponibilidade grande quando em oferta, entre outros
fatores. No ano de 2014, o setor apresentou um crescimento de 9,7% em relação ao
ano anterior, segundo consultoria da Nielsen.
Essa modalidade de negócio apresenta
custos menores de operação, para vendas de mesma proporção. Setores de padaria
ou mesmo açougue são substituídos por pães produzidos por terceiros e carnes
embaladas a vácuo, produtos podem não ser embalados em sacolas ou apenas para
pequenos itens, entre outras peculiaridades. Todavia, exige infraestrutura
robusta, tanto em termos de área de vendas como de pé-direito que permita
estoques sobre as gôndolas de varejo.
[Fort Atacadista Compacto São José – SC (CEASA). Imagem: Acontecendo Aqui]
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Um
exemplo do tamanho sucesso no setor do atacarejo é representado pela estratégia
comercial do Grupo Pereira, proprietário das marcas Comper, Fort Atacadista e
Bate Forte. Além de investir na abertura de novas lojas dos Supermercados
Comper e do Fort Atacadista em alguns de seus estados de atuação, em Santa
Catarina a estratégia foi outra: o fechamento da maioria dos supermercados da
bandeira Comper e reabertura com a troca pela bandeira Fort Atacadista
Compacto. Como toda mudança de negócio, a troca exigiu investimentos em
adequação das lojas, porém as menores acabaram sendo fechadas, não possuindo
configuração física para tal negócio. Durante o fechamento e reabertura,
buscou-se direcionar os clientes do cartão próprio para as demais lojas,
incluindo as remodeladas.
Se
o negócio de atacarejo é bom para quem vende, para quem compra também, bastando
atentar a alguns detalhes importantes:
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Os preços de atacado geralmente se restringem a um mesmo produto com todas as
características iguais, como sabor, fragrância ou embalagem. Pode-se adquirir
variados, porém o preço sobe;
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O impulso pode fazer com que se compre além do necessário de um dado item,
prejudicando a variedade na compra final, em um orçamento familiar mais enxuto.
O jeito pode ser dividir a compra entre amigos e vizinhos para comprar mais e
garantir o preço de atacado;
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É preciso atentar às condições de entrega e pagamento das compras, que podem
ser diferentes do que nos supermercados tradicionais;
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Alguns atacarejos reduzem preços em função de restringir as marcas
disponibilizadas a poucas de qualidade reconhecida e outras de apelo popular
pelo seu preço, mas de sabida qualidade inferior. Em geral não é regra, mas
vale atentar à disponibilidade e variedade de produtos, que deve abranger desde
o de melhor até os mediano-baixos em termos de qualidade. Também é importante
ter em mente que, mesmo com produtos bons, importados como queijos, fiambres e
vinhos podem não estar disponíveis;
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Filas mais extensas para pagamento podem surgir. É interessante buscar horários
alternativos, exceto para pequenas compras onde ainda há o caixa para cestinha.
Se
os atacarejos continuarão em expansão não se sabe, porém a aceitação é muito
boa por parte do público. Há alguns anos se projetava o crescimento das lojas
de bairro, mais compactas, o que contradiz a tendência pelos atacarejos. É
preciso lembrar-se de que, antes de mais nada, o preço é ponto fundamental para
a escolha do consumidor.
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