Como funciona a doação de medula óssea?

Ciência & Saúde

Já falamos aqui no Blog do Mestre tudo o que é necessário para a doação de sangue e órgãos, e agora falaremos de outro tipo importante de doação, que é a doação de medula óssea. O corpo possui dois tipos de medula: espinhal e óssea. A medula espinhal tem como função transmitir os impulsos nervosos. Já a medula óssea possui função construtiva, sendo responsável pela formação do sangue (plaquetas, leucócitos e hemácias) e, portanto, sendo a medula usada nos transplantes. A medula óssea recebe tal nome por ser encontrada no interior dos ossos.


[É ainda mais complicado encontrar doador compatível. Por isso, é necessário que haja muitos doadores em cadastro. Imagem: gabriel.org]


O transplante de medula óssea consiste na substituição de uma medula doente por uma sadia, a fim de que sua tão importante função seja restabecida em cheio. Os portadores de leucemia são os mais beneficiados, pois esta é, na maioria das vezes, a forma de cura. Todavia, ao contrário dos transplantes de sangue, é muito mais difícil encontrar um doador. Para se ter uma ideia, a chance de se encontrar alguém compatível é de 1 por mil (1‰), estando a grande dificuldade dos bancos de medula, pois são necessários muitos doadores para que a chance de compatibilidade entre quem precisa e algum doador seja maior.
Os pré-requisitos para ser um doador de medula óssea são:
- Ter idade na faixa de 18 a 54 anos;
- Estar saudável;
- Efetuar uma coleta de 5mL de sangue de um vaso sanguíneo;
- Preencher um cadastro com nome, telefone e endereço, que deve estar sempre atualizado
Após a coleta da amostra, o sangue passa por uma tipagem (sistema HLA) e seu tipo sanguíneo será registrado no REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea). Havendo a possibilidade de compatibilidade, a medula do paciente e do doador passam por testes, e o doador fará novos exames.
Atualmente, há duas formas de doação de medula óssea. Uma delas consiste em o doador receber um medicamento que faz com que as células ósseo-medulares sejam liberadas na corrente sanguínea e retiradas com uso de máquina de aférese, ligada ao braço do doador. A outra forma ocorre com aplicação de anestesia, em centro cirúrgico. Do interior dos ossos da bacia, a medula é retirada com punções de agulhas. Neste procedimento, o doador retorna as suas atividades (todas) uma semana após a doação.
O prazo de recuperação da medula óssea do doador é de aproximadamente quinze dias, não sendo necessárias grandes mudanças nos hábitos de vida e trabalho, e nada de especial na alimentação.
Para mais informações sobre o assunto, entre em contato com o REDOME: redome@inca.gov.br ou pelo fone (21) 3207 1321 (telefone do Rio de Janeiro); ou com o hemocentro mais próximo.


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