Veja
trecho de um texto relativo à vitória dos EUA na Segunda Guerra Mundial, e um inconveniente
gerado nesta disputa:
“[...]
A vitória na guerra fora obtida ao lado de um parceiro cada vez mais incômodo,
a União Soviética. A inclusão dos soviéticos na aliança que derrotou o
nazifascismo havia sido fundamental, em termos militares: dificilmente Hitler seria
vencido sem a participação do Exército Vermelho. Mas o reconhecimento desse
fato não significava que os Estados Unidos estivessem, agora, dispostos a
partilhar com os soviéticos o prestígio e a liderança política que haviam
conquistado. Afinal, a União Soviética sempre representara – e continuava
representando – a negação de todos os princípios políticos considerados básicos
pelos norte-americanos: em lugar da democracia, a ditadura; em lugar da livre
iniciativa, o planejamento econômico centralizado; em lugar da liberdade de
escolha e de pensamento, a sujeição do indivíduo ao Estado. Em termos
ideológicos, dificilmente poderia haver oposição maior do que a que existia
entre os Estados Unidos e a União Soviética.”
(DIAS,
José Augusto, ROUBICEK, Rafael. A Guerra Fria – Coleção História em
Movimento. São Paulo: Ática, 1996, pp 20-21)