
Quando
a situação fica flor de especial, o taura tem mesmo é que comemorar.
[Vídeo: Eu sou do Sul]
Companheira
não repare no meu jeito
E
na cara de satisfeito
Que
eu estou mostrando agora
Por
muito tempo comi feijão com farinha
E
até que enfim a miudinha
Do
meu rancho foi embora.
Demorou
tanto para terminar a desgraça
Que
mesmo com muita raça
Quase
que desacorçoei
Mas
quando achei
Que
já tava tudo perdido
A
sorte me deu ouvido
E
de novo me levantei
Eu tô
grandão, na carestia dei um tombo
Tô
bem gordo e são de lombo
Pronto
pra qualquer peleia
Eu
tô grandão já consegui sair do zero
E
por isso que não quero
Ver
ninguém de cara feia
Em
qualquer mesa,
Não
quero que falte nada
Quero
ver a mulherada,
Faceira
bailando tonta
Pouco
me importa se
Alguém
me chamar de pato
Não
dou bola pra boato
E é
tudo por minha conta.
Só
pra esquecer que
A
miséria é um baita diacho
Vou
amanhecer borracho
No
colo de uma morena
Seu
bolicheiro, serve uma pra ti também
E
já me troque essa de cem
Que
eu não tenho mais pequena
Agora
vejo que esse mundo
É
mesmo louco
Se
a gente não tem uns troco
Não
se pode ser feliz
E
já pra mostrar
Que
não tô pelas caronas
Vou
dar de mão na cordeona
E
cantar uns versos que eu fiz
Não
tenho rabo
Eu
que mando no meu couro
Não
é nenhum desaforo
Tô
esbanjando só o que é meu
Passei
vergonha, desespero e precisão
Só
que agora eu tô grandão
E
hoje quem paga sou eu.
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