História
A América do Sul se destaca por ter uma
grande parcela de sua população de origem espanhola, principalmente por conta das
origens coloniais. Mas, mesmo com a colonização brasileira ter-se dado por
Portugal, houve contribuição espanhola na formação do Brasil, porém em outro
período histórico, entre os séculos XIX e XX, durante os primeiros anos do
Brasil República.
[Imagem: Ouriço] |
Uma
complicada situação nos campos espanhóis fez com que milhares de pessoas
viessem para o Brasil, vindo compor a mão-de-obra que trabalhou nas lavouras de
café, em conjunto com outros povos, como o italiano. Dentre os povos que
migraram para o Brasil, os contingentes de espanhóis oscilaram entre o segundo
e o terceiro maior volume de migrantes. Segundo o site do IBGE sobre os 500
anos de Brasil, podemos ilustrar, segundo fontes espanholas e brasileiras, os
valores de imigrantes, mesmo sem haver um consenso:
[Gráfico: Brasil 500 anos / IBGE] |
Diferentemente
dos italianos, em que, alguns casos conseguiram ascender economicamente, o
mesmo não foi uma verdade mais próxima dos espanhóis. Quando veio a acontecer,
foram casos de espanhóis que viveram na cidade e não no campo.
Proporcionalmente, a colonização espanhola se deu, em sua maior parte, em
regiões urbanas, sendo considerados grandes contribuintes na formação da
metrópole de São Paulo. Santos, Rio de Janeiro e Salvador foram os principais
polos de imigração espanhola, com alguns pequenos contingentes no Sul do país.
Não
menos difícil foi a situação dos espanhóis ao chegar, tendo ocupado posições de
emprego mais desfavoráveis e locais de moradia popular, juntamente com o povo
negro, que também vinha de uma situação complicada após a abolição da
escravatura.
Da
imigração espanhola veio o termo Galego, que, ao contrário do que algumas
pessoas acreditam, não significa o mesmo que ser loiro, mas sim ter vindo da
região espanhola da Galícia. Especificamente esta etnia ficou concentrada na
cidade do Rio de Janeiro.
Por
fim, uma das características mais marcantes da imigração espanhola foi a
formação de grupos de auxílio aos carentes e necessitados, evoluindo em sindicatos
e, mais tarde, no levante da bandeira do Anarquismo, que defendia os sindicatos
como núcleos de poder, em detrimento do sistema de Estado vigente.
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