Arte
Quando
se deseja representar algo, nunca a representação será fiel ao original, seja
por dispor em um plano, seja por distorcer alguma forma, seja por não haver a
real ideia de perspectiva igual à que temos por meio de nossa visão. Porém,
chegou uma época em que a Arte deixou de se preocupar tanto com isso, pois,
segundo Georges Braque, "Não se imita aquilo que se quer criar".
Ele
foi um dos grandes pintores que fizeram parte do movimento cubista. O cubismo
representava diferentes elementos, que podiam ser reconhecidos por quem os
visualizasse, porém as noções de perspectiva, sombra e posicionamento dos
elementos dispostos nas pinturas não seguiam a real disposição que possuem.
[Instrumentos Musicais – Georges Braque. Imagem: Pinturas em tela] |
Outra
característica marcante é a transformação dos elementos que compõem as pinturas
cubistas em formas geométricas como cones, cubos, placas sobrepostas, etc. A
ideia de desconstrução que o cubismo traz teve sua combinação perfeita com a
obra ‘Guernica’, de Pablo Picasso, onde os horrores da guerra foram retratados,
com partes de animais e outros elementos soltos e desfigurados.
Cèzanne,
Henri Rousseau, Picasso e Braque são alguns dos expoentes deste movimento, que
foi um dos grandes marcos de entrada para a arte moderna. No Brasil, Vicente
Monteiro, Antônio Gomide e Tarsila do Amaral tiveram algumas obras com
influência cubista.
O
Cubismo se dividiu em duas fases bastante distintas. Na primeira, o cubismo analítico,
entre os anos de 1907 a 1913, buscou-se uma decomposição de objetos, planos e
elementos com tons de cores muito próximos, tendendo ao monocromatismo. Dentro
desta fase, por volta de 1912, começam a surgir obras que dão espaço novamente
ao uso da variação de cores e à reconstrução da ideia mais precisa do objeto
real, quando até então o cubismo buscava a identificação, apenas.
A
segunda fase cubista, chamada de cubismo sintético, se consolidou na
ideia da reconstrução das formas, incorporando elementos às telas, como
recortes de jornais, folhas, pedaços de madeira e papel. Pedaços de papel se
tornam fundamentais na obra de Juan Gris que, assim como muitos outros
pintores, aderiu ao movimento a partir de então.
Novos
movimentos artísticos surgiram após o esfriar do cubismo, com o fim das
colaborações entre Picasso e Braque. O cubismo, durante sua duração, foi
marcante também no mundo da escultura e, mesmo não sendo a principal estrutura
artística nos tempos que se passaram, seguiu como uma influência às novas
criações artísticas.
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