Rosa
sempre chega assim, inesperada, vem de súbito.
Da
mesma forma inconsequente desaparece...
Fuxicos,
arengas, xeretices, pois em verdade
Ninguém
sabe nada de concreto sobre Rosa.
Rosa
brincava com as algas, todos os ventos em seus cabelos.
Todos
os ventos, do norte e sul, o vento terrível do noroeste.
Na
canoa ancorada ela deitava, a cabeça de fora, o cabelo no mar.
Parecia
cabeça sem corpo, saindo d´água, dava arrepio.
Rosa maluca, Rosa do cais, tanta vezes
mentias!
AMADO, Jorge