Prato unânime na mesa do brasileiro, a
pizza não foi criada em solo italiano. Sua origem remonta a antiguidade, onde o
pão de Abraão era consumido por gregos, babilônios e egípcios, assemelhando-se
ao pão sírio. A fama do povo italiano veio mais tarde, devido a um padeiro que
inovou na sua concepção, e pela disseminação.
A pizza inicialmente foi uma espécie de
sanduíche, em algumas regiões italianas, o que deu origem ao calzone. Como se
atribui aos egípcios às origens do pão, o desmembramento e enriquecimento de
receita parece ser uma ideia plausível. Os gregos, segundo relatos do poeta
Virgílio, também faziam um prato que muito se assemelha com uma pizza, o
moretum, diferindo apenas por a massa
não ser fermentada, com recheio de vinagre, azeite, cebola e alho crus e
fatiados.
A primeira pizzaria foi inaugurada no ano
de 1830 e chamou-se Port’ Alba, localizada na cidade italiana de Nápoles.
Pintores, poetas e escritores, como Alexandre Dumas, fizeram da Port’ Alba um
ponto de encontro e mencionaram em suas obras quais eram os sabores de pizza
mais populares na época. Antes de sua inauguração, o prato era comercializado
apenas em barracas do comércio popular, nas feiras livres.
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Chegando à Itália, fora incrementada com o
tomate, quando desmistificada a sua fama de ser venenoso, sendo esta uma
contribuição estadunidense; e apenas no século dezenove, por Dom Raffaelo
Esposito, a pizza recebeu queijo muçarela, manjericão e o já consagrado tomate.
Como era dedicada ao paladar da rainha, foi nomeada Marguerita (Margherita) em
sua homenagem. Esta pizza surgiu durante as férias de verão passadas por Rei
Umberto I e Rainha Margherita no palácio napolitano. A família real já
conhecera a fama da pizza naquela região, e Dom Raffaelo aproveitou a oportunidade, popularizando um sabor de
pizza aprovado pela rainha, mostrando sua visão empreendedora. Aberto o caminho
da inovação, novos sabores e combinações surgiram, neste prato que aceita quase
todas as variações: peixes, queijos variados, temperos, etc. Além disso,
curioso é o fato de que, apesar de ser um prato aprovado pela realeza, era
popular, pois era incomum a disseminação de pratos servidos para a realeza
entre os súditos.
A fama da pizza como produto italiano
também se fez pelo fato de que eles foram os disseminadores do prato pelo mundo.
Primeiro, o prato era encontrado apenas nos redutos italianos, se espalhando
para quaisquer lugares onde a livre iniciativa desejasse. Desde 1985, o dia da
pizza é comemorado (no sentido real e piadístico) em 10 de julho (veja no post
‘O que se comemora nos meses de julho e agosto?’).
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No ano de 1905, surge a primeira pizzaria
estadunidense, a Lombardi’s. No Brasil, historiadores ainda não são unânimes em
qual foi a primeira pizzaria, mas há fortes indícios de que foi a do napolitano
Carmino Corvino, a Dom Carmenielo, no bairro paulista do Brás. Destoando as
origens, destacam-se pelo elevado consumo de pizzas e quantidade de
estabelecimentos fabricantes as cidades de São Paulo e New York.
Na década de 50, tudo acabou em pizza.
Segundo a tradição popular, dirigentes do Palmeiras, time criado pela colônia
italiana paulista, tiveram uma discussão séria e ‘foram parar’ em uma pizzaria.
Após cálices de vinho e fatias de pizza, a discussão foi esquecida, o que seria
o provável surgimento de uma das maiores frases de definição de Comissões
Parlamentares de Inquérito dos últimos tempos. Outra explicação é a de que a
pizza possui formato circular e que fica difícil definir onde começa e onde
termina, delineando o significado da expressão sinônimo de ‘não vai dar nada’. Aliás,
muito mais fácil dizer que sempre uma pizza termina, de tão agradável ao
paladar se faz este prato. □
Em breve, veja quais os segredos de cada
ingrediente e do preparo da massa de pizza.