“A utilidade do escravo é semelhante à do animal. Ambos
prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A natureza faz
do corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo
forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo
ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão.
Os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou
de negócios (estes tipos de vida são ignóbeis e incompatíveis com as qualidades
morais); tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o
lazer (ócio) é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à
prática das atividades políticas.”
ARISTÓTELES.
A Política. cap. II, 12546b. e cap. VIII, 1329a.